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terça-feira, 18 de outubro de 2011

A conquista do Oeste e os filmes western

“Se esse homem sobreviver, ele virá aqui, pegará suas coisas e vai dizer ‘eu tenho que ir’. Esses têm algo a ver com a morte”

Era Uma Vez no Oeste é um dos filmes mais tristes de todos os tempos. Leone filmou uma ópera, uma poesia sobre o fim da época do western, no tempo em que os filmes de cowboys estavam escasseando. O filme é centrado em cinco personagens: Harmonica (Charles Bronson), Cheyenne (Jason Robards), Jill (Claudia Cardinale), Frank (Henry Fonda) e Morton (Gabriele Ferzetti). Morton, um aleijado, é o responsável pela ferrovia e os trens, um homem de negócios. Frank é o pistoleiro que trabalha para Morton indo acertar contas (leia-se “matar”) pelos eventuais tropeços aos tratos impostos pelo homem de negócios. Bronson é um homem misterioso de raízes indígenas, que anda sempre tocando uma gaita. Quando Frank questiona seu nome, ele responde nomes “de pessoas que estavam vivas até te encontrar, Frank”. Jill é uma mulher de New Orleans que se casou com um irlandês e ia morar no campo. O irlandês é Brett McBain, e estava desenvolvendo terras no meio do nada, que pela localização geográfica, futuramente seriam uma estação de trem. A estação não estava pronta no tempo prometido para Morton, então Frank tornou Jill uma viúva (o massacre da família, do marido e das crianças e a revelação dos olhos azuis de Fonda no assassino é uma das cenas mais terríveis já vistas em um filme). E Cheyenne é um notório bandido que acaba envolvido nessa história por conta de evidências falsas criadas por Frank. Esse é um dos temas mais recorrentes na cinematografia mundial, sempre memorável por gerar obras-primas: o efeito destruidor que o tempo faz no ambiente que as pessoas vivem, e a dificuldade em se adaptar a isso.

Era Uma Vez no Oeste é uma poesia de 165 minutos em homenagem a todos esses que têm algo a ver com a morte. À violenta época dos xerifes e foras-da-lei, que já entraram imortalizados no imaginário popular pelo cinema. Esses mocinhos e bandidos que fizeram a festa nas salas de cinema durante mais de vinte anos, e que hoje, estão ausentes. O gênero está desgastado e é visto com maus olhos por parte da nova geração. O filme se situa em uma época onde a civilização estava chegando ao violento Velho Oeste. E o arco dramático do filme é centrado em três personagens que estão cada vez mais desolados e deslocados devido à esta mudança.

“O ritmo do filme pretendeu criar a sensação dos últimos suspiros que a pessoa exala antes de morrer. Era Uma Vez no Oeste é, do começo ao fim, uma dança da morte. Todos os personagens, exceto Claudia (Cardinale), têm consciência de que não chegarão vivos no fim.” – Sergio Leone

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