O BRASIL E A CRISE DE 1929
O ano de 1929 com a crise da Bolsa de Nova York inviabilizou o sistema de sustentação do preço do café e levou á falência inúmeros fazendeiros , comerciantes e banqueiros .
Entre 1925 e 1929 a produção de café havia crescido de 17,7 para 28,4 milhões de sacas . Pelo Convênio de Taubaté o governo comprava o excedente para impedir a queda nos preços . Com isso a dívida do Estado de São Paulo havia passado de 1,8 milhão de libras esterlinas em 1892 para 11,9 milhões em 1929 .
Washington Luís resolveu interromper as desvalorizações constantes que beneficiavam os cafeicultores, mas tornavam os produtos importados cada vez mais caros. Decidiu substituir o mil-réis , pelo cruzeiro , com uma cotação fixa diante da libra inglesa . Porém em 1929 tendo ocorrido uma supersafra, apenas a metade foi exportada e os fazendeiros queriam novas desvalorizações , que o presidente não autorizou . O café teve seu auge em 1928 e perdeu mais de 50% do valor cinco meses após o “crash” na Bolsa de Nova York .
Para segurar as cotações , o governo brasileiro promovia a queima do produto estocado , com o objetivo de reduzir a oferta mundial , mesmo assim ,grande parte dos agricultores, que até então dominavam o cenário da economia brasileira , simplesmente quebrou .
Como ocorreu nas demais crises globais , o valor do dólar duplicou no Brasil em um ano , inviabilizando as importações , mas fomentando e diversificando a indústria nacional .
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